Por baixo da superfície, a água se agitava e saudava o deus dos mares. Netuno, Poseidon, como você quiser chamá-lo, apenas ajoelhe-se diante dele e sirva-o.
O seu corpo rodopiava de forma majestosa sob a água, formando um vórtice, dois, três. Não havia peixes. Não havia vida. Só ele. A divindade. Ele emergiu, respirou fundo e por fim suspirou, olhando com desgosto para a terra. Pensava no quanto o ser humano era fraco e patético. Não haviam obedecido à vontade dos deuses e agora iriam ser castigados. Passou a mão por seus próprios cabelos, desceu-a e tocou a imensidão azul. A água subiu pelas costas de sua mão, depois por seu antebraço, ombros, e, por fim, seu abdômen, formando uma armadura. A mão ainda lá, parada, se moveu e cortou a superfície com tal fúria, que dali surgiu uma imensa onda, que crescia cada vez mais. Erguendo o outro braço, fez um tridente rasgar as ondas, indo em sua direção. Segurando-o e devolvendo-o ao mar, fez com que a ponta da arma ao tocar a superfície, transformasse todo ele em gelo. Netuno havia levado a Terra, à uma nova era glacial.
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